RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar as cirurgias de eviscerações e implantes secundários visando esclarecer as causas de complicações nas colocações de implantes porosos e näo porosos nas cavidades anoftálmicas e as indicações mais exatas do tipo de material a ser usado nestas cirurgias. No período de 1995 à 2001, realizamos 62 cirurgias, sendo 45 eviscerações com implantes primários e 17 com implantes secundários, 13 revestidos de duramáter ou esclera e quatro sem revestimentos, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, no Hospital do Andaraí (Ministério da Saúde), no Hospital Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e na nossa clínica particular. Nossas observações nos alertaram sobre as complicações de deiscência, exposiçäo ou extrusäo pela permanência de fio de sutura absorvível por um tempo maior que o necessário, pelo uso de conformador indiscriminadamente. Os implantes porosos säo indicados para todas as eviscerações, principalmente quando há retraçäo do olho, podendo ser colocados diretamente na cavidade sem recobrimentos. Quanto aos implantes näo porosos, estes säo melhor indicados para a evisceraçäo tradicional com globo ocular intacto, sem retrações
